quinta-feira, 16 de outubro de 2008

NA MEMÓRIA DE UM ELENCO A IMITAÇÃO DE UM MITO – LAMPIÃO
Por Sandemberg Oliveira


Virgulino Ferreira – Lampião, pra alguns herói, pra outros uma lenda, pra mim uma honra, pra UnP Encena um desafio pela arte de interpretar quando me refiro a tantos talentos que, mesmo diante das dificuldades e incertezas que nos sobrevieram, foram leais, sinceros e, acima de tudo, intrinsecamente talentosos. A nossa mestra que, mesmo diante das incertezas, dos atropelos, das discórdias, dos enlaces, da falta de paciência, da dúvida e da angústia que porventura sempre vem vinculada ao medo, teve de forma absoluta, profissionalismo, conhecimento e sabedoria para tanto nos ensinar, compreender, lapidar e, pela arte de ser uma exímia professora, a grande humildade em também aprender com cada um de nós.

“Lampião no oeste” se despede de todos, com a certeza de muito ter ensinado, não só de ter-nos contado sobre essa magnífica passagem histórica que tanto marcou na contribuição literária de grandes homens sertanejos, ocorrida no interior do Estado, nas suas pelejas pelos caminhos do grandioso e rico nordeste brasileiro, das suas lutas e conquistas, mas, acima de tudo, por ser um ícone de nossa cultura popular.

Que todos possam ter compreendido que esse grande líder – Virgulino Ferreira o “Lampião” apenas tinha um ideal, assim como cada um de nós temos os nossos ideais; viver, lutar e vencer. Que todos que compreendem esse formidável grupo, liderados por uma fantástica mulher, tenham sido capazes de transformar as suas dificuldades em combustíveis, nos propiciando chegar ao ápice de nossas vidas, gigantescos por tanto termos possibilitado aprender. Aos que ficam, a certeza de muitas lutas, de grandes vitórias e de muito aprendizado, além de muitos aplausos. Quanto aos que saem, nossos sinceros agradecimentos e que se sintam elogiados pelos aplausos recebidos a cada palco, a cada apresentação, onde fora mais que merecido pela obra de seu talento.

Assim como no cangaço, que possamos ser cangaceiros na arte de lutar, na união que se forma um grupo, quando não somos estrelas, apenas pérolas formando um colar.